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Festival do Teatro Brasileiro – FTB acontece em BH

by Paloma Morais

Foto: Cena da peça “Adaptação”, da Companhia Teatro de Açúcar.

Até o dia 27 de agosto, Belo Horizonte recebe o Festival do Teatro Brasileiro – FTB, que traz para a cidade uma importante seleção das artes cênicas produzidas no Distrito Federal. Com apoio da Fundação Municipal de Cultura, os espetáculos que compõem o festival têm apresentações nos três teatros públicos municipais: Marília, Francisco Nunes e Raul Belém Machado. Todas as apresentações têm entrada gratuita, e os ingressos são distribuídos com 1 hora de antecedência.

Além dos espetáculos, o Festival também realiza na capital mineira uma série de atividades: ações de formação de estudantes da rede pública municipal, encontros, oficinas e residência artística. Nesta edição, o Festival do Teatro Brasileiro apresenta 12 espetáculos, que passam por diferentes linguagens do teatro e da dança, para o público adulto e infantil, indo da acrobacia aérea ao teatro para bebês, por exemplo, e discutindo questões políticas urgentes da sociedade contemporânea, como o racismo e a transexualidade.

Festival do Teatro Brasileiro – Cena Distrito Federal
17 a 27 de agosto.
Apresentações nos teatros Marília, Francisco Nunes e Raul Belém Machado e Funarte.
Entrada gratuita.

PROGRAMAÇÃO DE ESPETÁCULOS
Dias 17 e 18 de agosto
“De Carne e Concreto – Uma Instalação Coreográfica” – Anti Status Quo Cia. de Dança
Propõe uma reflexão sobre a condição urbana humana atual sob a perspectiva do corpo. Na fronteira entre a performance, as artes visuais e a dança contemporânea, o trabalho da Anti Status Quo Companhia de Dança de Brasília-DF coloca o público diante da questão de vivermos em coletividade e em grande centros urbanos e sob o sistema econômico vigente. Fruto de estudo da relação do corpo com a cidade, o trabalho parte da materialidade das coisas, do simples e do precário para revermos como nos relacionamos uns com os outros, como lidamos com o individual e o coletivo, com o espaço e o tempo e com o corpo e a mente. O formato de instalação instaura diferentes maneiras de perceber a obra, propondo uma vivência de arte como experiência.

Quando: 19h30 Onde: Funarte MG – Rua Januária, 68, Centro Duração: 140 min Classificação indicativa: 18 anos

“A Moscou! Um palimpsesto” – Companhia Setor de Áreas Isoladas
O espetáculo é uma re-escrita contemporânea do clássico As três irmãs de Anton Tchekhov. Em um diálogo caloroso entre o teatro e a música, quatro atrizes e dois músicos se propuseram a compor a sua versão do drama. Escrita entre os vestígios da peça original, a peça explora o tema da dificuldade de resistir à erosão da vida e dos sonhos pela ação do tempo. Revisitando o drama dos 4 irmãos tchekhovianos que sonham em voltar para Moscou, o paraíso perdido, sem nunca conseguir, deparamo-nos com questões que dialogam perfeitamente com nosso aqui e agora.

Quando: 20h Onde: Teatro Marília – Av. Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia Duração: 90 min Classificação indicativa: 14 anos.

Dias 19 e 20 de agosto
“A Geometria dos Sonhos” – La Casa Incierta
A peça é um caminho poético que evoca a história da metamorfose de uma pedra. A força do desejo move a pedra desde as entranhas da terra até seu destino, convertida finalmente em uma nuvem para assim completar seu sonho de poder chorar. O espetáculo é um caminho através dos mapas do corpo, através dos seus balbucios, seus erros, suas marcas não desejadas e seus atos falidos. O espaço é um sonho geométrico em forma de abacaxi, o espaço onde se gera a luz que se abre um caminho na escuridão.

Quando:  11h. Onde: Teatro Francisco Nunes – Av. Afonso Pena, s/nº, Centro (Parque Municipal). Duração: 40 min. Classificação indicativa: para crianças de até 5 anos. Lotação: 40 pessoas.

“Entre Quartos” – Grupo Tripé
Analisando o estilo de vida da juventude dos dias de hoje, os atores do grupo exploram a relação entre quatro jovens que decidiram sair de casa e morar juntos. Ao longo do tempo, a convivência entre eles é abalada por conflitos do dia-a-dia, trazendo questionamentos sobre liberdade, amor e amizade. Com a produção, o Grupo Tripé marcou sua estreia profissional, levando aos palcos a rebeldia e o descontentamento dos jovens por meio de intensidade e dinamicidade. O projeto cria uma metáfora sobre as fases e os ciclos do amor na forma de um apartamento compartilhado entre amigos.

Quando: 19/08 – 20h e 20/08 – 19h. Onde: Funarte MG – Rua Januária, 68, Centro. Duração: 60 min. Classificação indicativa: 14 anos.

“Fio a Fio” – Giselle Rodrigues e Édi Oliveira Fio a Fio
Espetáculo de dança-teatro que aborda, poeticamente, o período da vida em que precisamos lidar com a ação do acúmulo dos anos sobre o corpo: O ENVELHECER. O espetáculo estreou em outubro de 2015. Em 2016 participou de dois festivais no Brasil: o FTB – XVIII Edição (RJ) e o 17° Festival Cena Contemporânea – Brasília (DF). Participou, ainda em 2016, da mostra do Prêmio SESC do Teatro Candango, na qual foi premiado em 6 categorias, inclusive de melhor espetáculo.

Quando: 20h. Onde: Teatro Marília – Av. Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia. Duração: 70 min. Classificação indicativa: 12 anos.

Dias 23 e 24 de agosto
“Pentes” – Grupo Embaraça
Colocando em cena a identidade da mulher negra através do cabelo crespo, o espetáculo Pentes revela as facetas do racismo velado buscando desconstruir os estereótipos que perseguem a mulher negra. Com uma criação autoral e independente, Pentes propõe discussões de maneira intensa e criativa. Um dos destaques do espetáculo é o uso de música ao vivo, executada por uma banda formada por 6 instrumentistas negras em interação com o elenco. Do riso ao choro, a peça convida o público a mergulhar em histórias.

Quando: 20h. Onde: Teatro Francisco Nunes – Av. Afonso Penas s/nº, Centro (Parque Municipal). Duração: 65 min Classificação indicativa: 12 anos.

“Stanisloves-me” – Teatro Pândego
Maria é uma jovem atriz estudante de artes cênicas, obcecada por treinamento e em busca de total aperfeiçoamento metodológico. Uma questionadora ingênua em busca de certezas estéticas e técnicas, cansada de sofrer por infinitas perguntas e crenças. Ser ou não ser atriz? Treinamento ou talento? O ator é um pastor? Qual futuro tenebroso a aguarda na carreira de atriz solo de teatro?
No entanto, ela é possuída por entidades e criaturas como Antonin Artaud e Constantin Stanislavisk, grandes teatrólogos e influências em sua formação acadêmica. Esses seres e a mãe, retrógrada e pragmática, levam-a ao estado da loucura. Maria traz o humor, o autoescárnio e seus poderosos instrumentos físicos e metafísicos.

Quando: 20h. Onde: Teatro Marília – Av. Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia. Duração: 50 min. Classificação indicativa: 12 anos.

“Pombo-Correio”- Mundin Cia de Teatro
Comédia permeada por lembranças de amores de carnavais sob a ótica de duas personagens antagônicas – ou nem tanto: Celeste, uma mulher anestesiada pela vida e que não quer guardar nenhuma lembrança, e Madalena, que quer guardar lembrança de cada amor, até mesmo daqueles que não viveu. O encontro das duas se dá exatamente naquele suspiro entre a desilusão de um amor vivido e as promessas do novo amor.

Quando: 21h. Onde: Teatro Marília – Av. Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia. Duração: 50 min. Classificação indicativa: 12 anos.

Dias 25, 26  e 27 de agosto
“Adaptação” – Teatro de Açúcar
A História de personagens num momento de adaptação como meio necessário de sobrevivência: Um diretor teatral frustrado que não consegue sair de uma crise criativa e decide mudar de profissão; Uma atriz recém-chegada à cidade grande e necessita se acostumar à solidão do novo estilo de vida; Uma transexual que adaptou seu corpo para poder seguir vivendo nele; Um dinossauro que não sabe se sobreviverá às adaptações de sua espécie. Todos estão unidos por um drama em comum: o medo de morrer, de se transformar, de deixar de existir, como se alguém escrevesse ou adaptasse suas histórias.

Quando: 25 e 26/08 – 20h. Onde: Teatro Marília – Av. Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia. Duração: 60 min. Classificação indicativa: 12 anos.

“O que me toca é meu também” – Coletivo Instrumento de Ver
O mais recente espetáculo do coletivo brasiliense Instrumento de Ver tem direção e dramaturgia de Raquel Karro (RJ). As intérpretes Julia Henning e Maíra Moraes transitam pelo universo da acrobacia aérea em uma trajetória cênica que inclui memória, reprodução, imitação e criação. Reverência e reinvenção conduzem o público a lugares tão díspares quanto uma sala de ensaio no Planalto Central ou uma lona de circo armada no coração de Paris.

Quando: 25 e 26/08 – 20h e 27/08 – 19h. Onde: Teatro Raul Belém Machado – Rua Jauá, 80, Alípio de Melo. Duração: 60 min. Classificação indicativa: Livre.

“Iara – O encanto das águas”- Cia Lumiato Teatro de Formas Animadas
Um Índio da aldeia sonha com uma mulher sobrenatural. Ao acordar, procura o sábio Pajé para tentar entender quais são os mistérios dessa mulher, descobrindo assim a história da Iara. No encantamento da sereia brasileira, o protagonista mergulha com ela nas profundezas do seu próprio destino. Inspirado na lenda da Iara e utilizando a linguagem do teatro de sombras contemporâneo, o espetáculo busca sensibilizar o público infanto-juvenil sobre os saberes da tradição oral dos povos originários do Brasil.

Quando: 26 e 27/08 – 16h. Onde: Teatro Marília – Av. Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia. Duração: 40 min. Classificação indicativa: Livre.

“KALO – Filhos do Vento”- Cia Os Buriti
Peça conta a história de Suki, uma cigana contadora de histórias que quer salvar a memória de seu povo. Baxt é a sorte, um fantasma que a protege. Suki herdou de sua avó, uma bolsa que contém todas as histórias ciganas. Preocupada em manter a memória de seu povo e intuindo que o seu fim está próximo, parte da Eslováquia em direção a França para entregar a bolsa de histórias à Santa Sara, protetora do povo cigano. Suki e sua sorte, Baxt, viajam juntos transitando entre dois mundos: o real e o imaginário, o que é visto e o que não pode ser visto.

Quando: 26 e 27/08 – 20h. Onde: Teatro Francisco Nunes – Av. Afonso Penas s/nº, Centro (Parque Municipal). Duração: 100 min. Classificação indicativa: Livre.

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