A quinta edição do Circuito Urbano de Arte, o CURA, não haverá festas ou aglomerações, mas nem por isso deixará de acontecer. Toda a programação aberta ao público será virtual, como debates, oficinas e aulões, de forma gratuita e acessível. Uma programação diversa, que discute a atualidade e traz nomes em destaque no cenário nacional.
Nesta edição do Cura serão quatro novas empenas pintadas no Centro de BH, sendo três delas ocupadas por artistas convidados e uma delas pela vencedora ou vencedor da convocatória pública que será anunciada em breve.
SOBRE OS ARTISTAS:
Artista autodidata, Lídia nasceu e cresceu em BH, na periferia do Alto Vera Cruz e Taquaril, e hoje reside no Rio de Janeiro. É referência em representatividade feminina no graffiti e muralismo contemporâneo, onde conquistou espaço por meio de sua expressão e atuação empoderadas de ocupação do espaço público e do seu trabalho construído em diferentes superfícies e diversas técnicas.
Lídia chega ao CURA trazendo suas personagens jovens, misteriosas, sensíveis e vulneráveis que fazem parte de um universo lúdico e convidativo e que são atravessados por inquietações expressas pela fantasia. Suas obras apresentam narrativas que transitam entre a dureza e a delicadeza.
Artista visual, pesquisador e músico experimental, Robinho nasceu e cresceu em Diadema, São Paulo. Em seu trabalho, busca a representação plural e digna da mulher e do homem negros periféricos, tornando-os protagonistas em sua arte. O artista se reconhece em sua obra e nela expressa sua relação com a vida e a cultura do seu povo.
Robinho chega a esta edição com o seu trabalho que é tão íntimo e, ao mesmo tempo, tão coletivo. Com seu olhar sensível, ele oferece um vislumbre necessário e emocionante sobre o povo preto.
Daiara Tukano
Daiara Hori, nome tradicional Duhigô, pertence ao clã Uremiri Hãusiro Parameri do povo Yepá Mahsã, mais conhecido como Tukano. É artista, ativista dos direitos indígenas e comunicadora. Nasceu em São Paulo e tem como fundamentação do seu trabalho artístico uma pesquisa sobre história, cultura e espiritualidade do seu povo.
Sua atuação na arte se entrecruza com a comunicação através da articulação de suas práticas em prol dos direitos indígenas. Neste sentido atuou como coordenadora da Rádio Yandê, a primeira web rádio indígena do Brasil.
Daiara chega ao festival trazendo toda a força da sua obra criada a partir da sabedoria e ancestralidade do seu povo. Será ela a primeira mulher indígena brasileira a pintar uma empena.