O É o amô é o primeiro bloco no carnaval de Belo Horizonte a celebrar os clássicos do sertanejo de raiz. Após vários ensaios, diversos deles com grande público, o bloco se prepara para sair na avenida no dia 11 de fevereiro – domingo de carnaval. A concentração começa às 13h, na Av. Getúlio Vargas entre a Av. Afonso Pena e a R. Professor Morais, e a partir das 15h o trio segue direção a Praça da Savassi.
A preparação da bateria começou a ser feita em outubro/2017, quando a dupla de regentes, Peu Cardoso e Di Souza, decidiu criar um bloco que promovesse o encontro da música sertaneja com os batuques carnavalescos. “Começamos a montar a bateria convidando o público geral interessado em tocar. Tivemos pessoas que nunca tocaram num bloco até os mais veteranos. Depois de tantos ensaios, temos um bloco redondo e preparado para sair e fazer bonito no carnaval de BH”, explica Di Souza.
O “Concurso de Galopeira”, feito durante este período de ensaios, tinha a proposta de eleger o folião que por mais tempo “segurava” a palavra “galopeira” durante a música. A vencedora foi Taymerê Fonseca, que atingiu a marca de 24’25” e vai cantar junto com a banda do bloco, do alto do trio elétrico, para a multidão de pessoas no dia do desfile.
A ala de dança também já está afiada. Comandada pela dançarina Maíra Rodrigues, o grupo promete não deixar ninguém parado com as coreografias, entre elas a música “Loka”, da dupla Simone & Simaria.
Sobre o bloco É o amô:
Fruto de uma amizade carnavalesca que dura quase uma década, a dupla de regentes do bloco são amigos de muitos carnavais e possuem uma relação intensa com a festa na cidade, com passagens e atuação nos maiores blocos de carnaval da cidade. Peu Cardoso é diretor e regente do bloco Havayanas Usadas, além de ter sido fundador e regente do bloco Baianas Ozadas (de 2013 a 2016). Di Souza atua como regente e organizador do Bloco Então Brilha que tem arrastado multidões desde 2012 e é também fundador dos Blocos Abre-te Sésamo e Pisa na Fulô.
O É o amô surge como uma celebração dessa amizade carnavalesca, além de ser um formato inédito, que traz o gênero sertanejo das antigas, os clássicos de 80 e 90, tocados no ritmo dos batuques da potente bateria do carnaval. “Procuramos e não encontramos nenhum bloco deste tipo no país”, explica Peu Cardoso.
No repertório foram incorporadas músicas do sertanejo “de raiz”, que fizeram sucesso na voz de duplas como Zezé di Camargo & Luciano, Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo entre outros. “Fizemos um filtro para a escolha do repertório, canções de contexto homofóbico, que fazem citações a rodeios, ou que citem sofrimento animal, além de composições de cunho machista foram excluídas”, diz Peu. E completa: “Fizemos questão de incluir algumas músicas recentes da cena ‘feminejo’, com a intenção de pontuar, homenagear e valorizar o lugar da mulher nesse espaço que, por décadas, foi dominado por homens”.
Com produção da QueVoa (Débora Campos), a bateria é formada por caixa, surdo e tamborim; e a banda pelos músicos: Rodrigo Torino (direção musical, voz e violão), os vocais: Clécio Araújo e Priscila Glenda, Thiago Quintino (teclado), Claudio Moraleida (guitarra) e Tiago Buiú (contrabaixo). A dançarina Maíra Rodrigues é responsável pelas coreografias. Além de Peu Cardoso e Di Souza, que formam a dupla de regentes – fato inédito nos blocos – e que também faz referência às duplas sertanejas.
SERVIÇO:
Bloco É o amô
Desfile: 11 de fevereiro
Horário: 13h Concentração
Local: Av. Getúlio Vargas entre a Av. Afonso Pena e a Rua Professor Morais, em direção a Praça da Savassi.
