Tava de boas no facebook e vejo: Batekoo com Divina Maravilhosa mais Titica e Baco Exu do Blues. Pensei: ” Car4L$0! Dai fui trocar uma ideia com a Gabi Nas, uma das frentes da Batekoo em BH, se liga na ideia:
Phill Augusto: Quem é a Gabi Nas?
Gabi Nas: Gabriela Nascimento de Paula, 25 anos, sou produtora cultural, DJ, Fotógrafa
Mulher negra, funkeira de carteirinha e feminista.
Phill: O que é a Batekoo?
Gabi: A BATEKOO é um Festa de empoderamento negro que dialoga com a inserção do negro e periférico no circuito cultural há pouco mais de 2 anos.
Phill: Aonde surgiu e quando surgiu?
Gabi: A Batekoo nasceu em Salvador e foi criada pelos produtores e Dj’s, Maurício Sacramento e Wesley Miranda, em dezembro de 2014. A ideia original tomou forma através de uma comemoração de despedida do produtor Miranda.
Phill: E em BH, quando, aonde e por quem começou?
Gabi: O Movimento em BH começou em novembro de 2016 quando iniciou uma parceria da BATEKOO com a Rede Fora do Eixo, no Rio de Janeiro e se estendeu para BH. Nossa primeira edição foi na Casa Cultural Matriz, e depois dela tivemos a edição de maior proporção, que foi no Viaduto Santa Tereza com 3 mil envolvidos.
Phill: Quais são as próximas edições da Batekoo?
Gabi: Dia 20/04 BATEKOO BH + Divina Maravilhosa convidada Titica e
Baco Exú do Blues – Music Hall
Dia 06/05 BATEKOO BH – Fábrica Criativa
Phill: Conta um pouco sobre a escolha do lineup do dia 20/04
Gabi: Estamos unindo duas festas com recortes curatoriais bem específicos;
a BATEKOO no movi preto e periférico + Divina Maravilhosa que está no recorte LGBT. Assim chamamos a Titica, que é angolana e considerada a diva do universo trans no ritmo do kuduro. O Baco Exu do blues é a sensação do momento por carregar a identidade negra em suas canções de Rap e o Bloco Angola Janga é a grande representatividade preta no Carnaval de BH
Phill: A Batekoo tem um posicionamento muito definido quando o assunto é racial. É uma festa aberta a todos ou não?
Gabi: A BATEKOO é uma festa feita de preto pra preto, onde transformamos os espaços que ocupamos em ambientes para o protagonismo negro fazendo ser um espaço seguro e livre de preconceitos, esse nosso posicionamento está ligado ao racismo estrutural que lidamos diariamente, inclusive nos espaços de eventos que normalmente nós não somos bem vindos.
Mas não torna a BATEKOO uma festa fechada, ela é aberta desde quem for entenda o local e respeite o outro.
Phill: Uma dica pra quem nunca foi e tá querendo colar nas próximas edições?
Gabi: Vai e se joga, prepara o corpo pra bater muito o KOO, dá uma alongadas e pronto.
Se hidrata, vai com roupas e sapatos confortáveis (risos)
Escurecendo que não aceitamos:
Nenhum tipo/expressão/forma de racismo, transfobia, homofobia.
Macho(ismo) invadindo o espaço das minas;
Phill: Gabi, deixa um salve pra sua galera, quem faz isso acontecer junto contigo.
Gabi: Agradecer ao Maurício Sacramento, Sarah Guedes, Lucy Soares, a festa Divina Maravilhosa e principalmente a todo o público que faz com que a gente continue!
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