Especificamente sobre a diferenciação por gênero
Nos últimos dias fiz algumas perguntas no meu perfil pessoal, dentre elas procurei saber com meus amigos o que achavam sobre diferenciação de preço por gênero na entrada dos eventos.
“Objetificação da mulher”, “Sexismo” e “Intenções machistas” foram algumas respostas que certamente concordei, mas, algumas respostas como: “Marketing” e “acho ótimo! Mas infelizmente sempre dá mais mulher.” me fizeram refletir. Até uma pesquisa foi citada, onde constatam que a mulher tem salário inferior ao do homem mesmo ocupando cargos similares.
E aqui é onde expresso minha reflexão: Não, não concordo com a diferenciação de preço por gênero.
Acredito firmemente que por trás destas ações promocionais o objetivo é um só: colocar o máximo de mulheres no evento e consequentemente os homens com seus salários superiores vão vir. Estratégia de marketing? Pode ser, mas não me convence. Hoje com tantos recursos tecnológicos, criatividade ilimitada e tantas vias de acesso à informação essa estratégia já está obsoleta e desrespeitosa com os públicos.
“Mas Phill, o homem realmente ganha mais que a mulher”, ok. Mas vamos voltar um pouco… Se o principal argumento é esse, porque a diferenciação de preço por gênero é praticada em uma atividade econômica isolada? Porque não replicamos isso para alimentação e vestuário? Talvez porque se você encher uma loja ou supermercado de mulher, provavelmente os homens com seus salários superiores não vão atrás pedindo combo, pelo contrário, a maioria acha entediante ir às compras com uma mulher.
Outra situação que imaginei ser bem constrangedora: Uma mulher trans em um evento onde homem é 50 golpinhos e mulher 30 golpinhos. Temos mesmo que expor a pessoa a tal constrangimento? Parar a fila, acionar o superior para saber como lidar com a situação? Podemos evitar tudo isso com a igualdade de gênero e respeito, sabia?
Bom, não estou aqui para cagar regras, essa é a minha opinião sobre o mercado que atuo e que suas práticas constantemente me incomodam. Mas que não deixa de me encantar.
E você, concorda ou não com essa prática no mercado de entretenimento?
Por: Phill Augusto