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Ouve Comigo: Sonho

by Paloma Morais
Foto: Anna Lara

Olar.

Eu sou o Rafa! Semana passada não teve Ouve Comigo por motivos de manutenção no site, então esta semana eu tenho que chegar chegando, né? Hora de te mostrar como esta cidade é INCRÍVEL, VERSÁTIL, ROMÂNTICA, ASSUMIDAMENTE DANÇANTE, COLORIDA E SONHADORA!

Foto: Anna Lara

O som de hoje se chama “Sonho” e compõe uma baita estreia de Frederico Heliodoro como cantor, chamada “Acordar”. O CD tem elementos eletrônicos, grooves incríveis, arranjos cheios de identidade, guitarras distorcidas e a surpreendente voz do compositor. Vale a pena ouvir inteiro!

Acorda, ouve comigo!

O “Sonho” se apresenta para mim como uma deliciosa nostalgia, lá de 2005, quando o Gorillaz lançava o Demon Days. Como esse clima de “o futuro está aí” é revigorante! A batera já me arranca alguns movimentos tímidos e o começo da letra dá a descrição precisa do que senti até aquele momento: “amanheceu e levantou”.

Visualizo imediatamente uma moça, se espreguiçando em sua cama sob o amanhecer da cidade. Naquela parte repleta de prédios malucos, com imensas paredes de vidro. A moça caminha até a parte do vidro que corresponde à janela do quarto e percebe estar presa em um sonho.

Os efeitos da guitarra ressoam por todo o corpo enquanto a teoria dos “prédios altos do progresso” se confirma. Refrão vai chegando como uma corridinha cinematográfica, sucedida de abraço, e dura o tempo de um, dos bons. O suficiente para ficar na expectativa do próximo.

A próxima estrofe nos dá uma ideia da personagem em uma espécie de coma, envolta por um sonho solitário e futurista, dividida entre prisão e meditação. Um mundo de limitações físicas e pensamentos a mil, muito bem representado no instrumental.

O refrão, que vem com uma entrada meio Hendrix, envolve com vozes e teclados o “acordar”, que agora soa como um apelo de alguém de fora. Baixo e guitarra enfatizam o apelo com um riff tenso, enquanto a ponte me traz à memória do solo de Heartbreak Warfare (Battle Studies/John Mayer).

Foi só falar em solo que apareceu um para trazer o refrão de volta. O apelo segue, mas e a moça? Flutuava de olhos fechados em sua cama, sonhando com o dia em que deixaria a selva de vidro. Até que seu desejo é estendido ao corpo e, na ponta dos dedos, começa um terremoto.

Ei, acorda! O texto já acabou!

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Esta coluna não tem e não deve ter restrição de gênero!
Por que teria? A beleza de Belô tá na diversidade.

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