Foto: Gabriel Caram
A segunda temporada do espetáculo teatral “Marcas do Tempo”, idealizado por Maria Célia Nunes e dirigido por Alan Najara, será apresentada gratuitamente em dois espaços públicos de Belo Horizonte, nos dias 15 e 22 de maio de 2025. A proposta cultural conta com intérprete de Libras e é viabilizada por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte (LMIC).
O projeto promove acessibilidade e inclusão cultural, com foco em públicos diversos, e tem como base três contos de autoria de Maria Célia Nunes: “As Chamas e o Legado”, “O Menino e a Mulher” e “Amor Proibido”. As narrativas abordam temas relacionados às três matrizes etnoculturais do Brasil: indígena, africana e europeia, a partir de uma estrutura que combina narração oral, encenação e música ao vivo.
As apresentações acontecerão no Centro de Referência das Juventudes (CRJ), no dia 15 de maio, às 19h, e no Centro de Referência da Pessoa Idosa, no dia 22 de maio, às 15h. Ambas têm entrada gratuita.
A encenação promove reflexões sobre memória coletiva, patrimônio cultural, história social e desigualdades estruturais. Por meio da oralidade e da performance, o espetáculo evidencia questões como exclusão, escravização, racismo e machismo, relacionando o passado com o contexto social contemporâneo.
Maria Célia Nunes é historiadora, narradora de histórias e autora. Com mais de três décadas dedicadas à educação e quase duas décadas de atuação como contadora de histórias, ela utiliza a arte como ferramenta para compartilhar conhecimento. Em sua trajetória, publicou os livros “Retalhos do Tempo” (2023) e “Marcas do Tempo” (2025), além de participar de coletâneas e oficinas de formação em narração oral.
Alan Najara, responsável pela direção, também atua como ator, músico e narrador de histórias. Com passagens por montagens teatrais, festivais culturais e projetos de educação, ele coordena uma abordagem cênica que estimula o diálogo entre passado e presente, explorando elementos simbólicos como o “túnel do tempo” e estatuetas que representam os contos.
Contos do espetáculo “Marcas do Tempo”
– As Chamas e o Legado: aborda a trajetória de Inaiá, personagem que conecta gerações de mulheres indígenas, antes e após a colonização.
– O Menino e a Mulher: apresenta uma perspectiva histórica da escravidão, destacando o tráfico humano e o sofrimento afetivo das vítimas.
– Amor Proibido: ambientado no final do século XIX, o conto retrata tensões sociais e morais em um cenário de rigidez conservadora e hipocrisia.
As três narrativas receberam prêmios em concursos literários nacionais e regionais, sendo reconhecidas por sua relevância temática e contribuição para a literatura contemporânea.
O espetáculo “Marcas do Tempo” integra ações culturais voltadas para a valorização da diversidade, da memória e da tradição oral, promovendo a circulação de produções artísticas acessíveis em espaços públicos.
Ficha Técnica:
Maria Célia Nunes: contadora de história e autora dos contos
Alan Najara: direção e música do espetáculo
Flávia Mafra: gestão e produção executiva
Iarla Marques: figurino
Dione Marcos Aurélio: cenário
Debris Oliveira: sonorização
Dinalva Andrade: intérprete de libras
Helga Prado: assessoria de imprensa
Clara Delgado: assessoria de redes
Maracujá: arte gráfica
SERVIÇO
Circulação do espetáculo teatral “Marcas do Tempo, de Maria Célia Nunes, em 2025
Classificação: acima de 14 anos
*Espetáculo gratuito, com intérprete de Libras
Apresentações do espetáculo no mês de maio
Data: 15 de maio, às 19h – Centro de Referência das Juventudes – CRJ – Rua Guaicurus, 50, Centro
Data: 22 de maio, às 15h – Centro de Referência da Pessoa Idosa – Rua Perdizes, 336, Caiçara