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O teatro como fúria 

by Letícia Leiva

fúria
substantivo feminino

1. 1. 
exaltação violenta de ânimo; ira, raiva, cólera.
2. 2. 
estro; entusiasmo, fervor, ímpeto.


A bravura me rói os dentes. Mas na hora da luta é preciso afrouxar as mandíbulas – não morder a língua. Ninguém me contou, mas já vi acontecer. Que chegue e cesse essa vontade de dizer tanto.

Os dias de gravação do novo quadro do Grupo Galpão “Tá lembrada, Teuda Bara?”, recém lançado nas redes sociais, marcaram meu caminho de Galpão até aqui (e lá se vão mais de cinco anos na espreita de um dos principais grupos de teatro do Brasil). Na casa de Teuda, me senti dentro de um museu do Teatro – onde mora uma obra viva. Uma obra raríssima: quem esculpiu Teuda não economizou em nada. 

Na casa, plantas-cachorros-gato-quintal com árvore, filhos-neta-bagunça-acúmulo de mais de oito décadas de vida, plantas-muitas-plantas, porta-retratos-prêmios-homenagens-fotos, miniaturas-recortes de jornal. Uma equipe de gravação. Dez artistas e amigos convidados contariam uma história (nunca é só uma) vivida com a dona da casa. Teuda, 83 anos, é uma das fundadoras do Grupo Galpão e das artistas mais ferozes desse país. Sua história dá um livro e ele existe: Teuda Bara: Comunista demais para ser chacrete, escrito pelo seu fã, amigo e um pouco filho, João Santos. 

Teuda foi chamada pra ser chacrete, mas não foi. Teuda foi convidada para o Cirque du Soleil, em Las Vegas, e foi. Teuda acordando pelas mãos de Caetano na Bahia. Teuda perdida durante uma turnê. Teuda no cinema, na praça, na TV. Teuda talking in english: “iú finque aime crêize? Aime nóti crêize, mas aime crêize assim Ó”. Teuda na perna de pau. Na Vila e no Oficina. Teuda em um antigo convento lá em Sete Lagoas, minha terra. Teuda nas Ciências Sociais, no D.A, na Praça da Estação, em Arembepe. Teuda no grande palco de sua casa.

Com essa publicação, venho convidar vocês a assistirem a série “Tá lembrada, Teuda Bara?” que vai ao ar toda segunda-feira, às 17h, no Instagram e Facebook do @grupogalpao. Outro convite é o espetáculo “Luta”, um solo de Teuda com direção e dramaturgia de Cléo Magalhães, João Santos e Marina Viana, que terá sessão única no Teatro SESIMINAS em Belo Horizonte, nesta sexta-feira, 18 de outubro, dentro da programação do 1º Festival Sesi Em Cena. Os ingressos estão à venda aqui. No teatro, haverá venda do livro “Teuda Bara: Comunista demais para ser chacrete”. No sábado, 19 de outubro, o Grupo Galpão se apresenta com “Till, a saga de um herói torto”, com direção de Júlio Maciel, no Cine Theatro Brasil. Ingressos aqui

“Essa senhora é minha mãe. Tanto ama, como mãe. De Eduardo, Adyr, André, Eid, Paulo, Chiquinha, Zé Celso, Admarzinho, Rodolfo, Helinho, Pretinha, Al, Arildo, Bia, Wanda, Marília, Beto, Fernanda. De Heleno, dona Helena, mãe da Nova Era, de Otávio, Terrinha. De Vânia, dos heróis tortos, de Paixão,  paixões, Romualdo. Do Galpão inteiro, de Julieta, de Lepage, dos vira-latas Jonas e Fausto e da dálmata Nieta. Dona de divinas tetas, Nossa Senhora do Baseado. Cristo, essa é a vossa mãe. E é também mãe dos filhos da puta”.  (João Santos, no livro) 

Foto: Ítallo Vieira / Amanhã Filmes

FICHA TÉCNICA – TÁ LEMBRADA, TEUDA BARA? 
Concepção e coordenação de comunicação: Letícia Leiva
Assistência de comunicação: Fernanda Lara
Mediação artística e de produção: Inês Peixoto
Direção e edição: Luiz Felipe Fernandes 
Fotografia: Walfried Weissmann 
Som direto: Gustavo Campos
Convidados: Tutti Maravilha, Elza Cataldo, Chico Pelúcio, João Santos, Gilma Oliveira, Antonio Edson, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Bebeto Horta e Inês Peixoto
Still: Ítallo Vieira – Amanhã Filmes
Comunicação digital: Matheus Carvalho – Rizoma Comunicação & Arte
Assessoria de imprensa: Polliane Eliziário – Personal Press
Serviços gerais: Danielle Rodrigues
Agradecimentos: João Santos, Danielle Rodrigues, Admar Fernandes e André Dulci 

FICHA TÉCNICA – GRUPO GALPÃO
Gerente Executivo – Fernando Lara
Coordenadora de Produção – Gilma Oliveira
Coordenadora Administrativa – Wanilda D’Artagnan
Coordenadora de Planejamento – Alba Martinez
Coordenadora de Comunicação – Letícia Leiva
Coordenador Técnico e Técnico de luz  – Rodrigo Marçal
Produtora Executiva – Beatriz Radicchi
Técnico de Som – Fábio Santos
Técnico de Luz – Willian Bililiu 
Supervisor administrativo – Cláudio Augusto
Assistente de Planejamento – Juno Carreño 
Assistente de Comunicação – Fernanda Lara 
Assistente Administrativo – Caroline Martins
Assistente de Produção  – Zazá Cypriano 
Assistente Técnico – William Teles
Serviços Gerais – Danielle Rodrigues
Identidade Visual: Filipe Lampejo, Vinícius de Souza e Rita Davis
Design gráfico: Cintia Marques
Assessoria de Imprensa – Polliane Eliziário – Personal Press 
Comunicação digital – Rizoma Comunicação & Arte
Assessor Contábil – Wellington D’Artagnan
Gestor Financeiro de Projetos – Artmanagers

FICHA TÉCNICA ESPETÁCULO “LUTA” 
Direção e intervenções cênicas: Cléo Magalhães, João Santos e Marina Viana
Dramaturgia: Cléo Magalhães, João Santos e Marina Viana a partir de relatos de Teuda Bara
Colaboração Artística: Marta Aurélia
Iluminação: Marina Arthuzzi e Rodrigo Marçal
Consultora de preparação vocal: Babaya
Cenografia: Taísa Campos
Figurino: Cléo Magalhães
Filmagem: Byron O’Neill 
Vídeos: Pedro Estrada e Lucas Calixto
Fotografias: Lucas Calixto
Video Mapping: Fabiano Lana
Trilha Original: Barulhista (com colaboração de Admar Fernandes)
Assessoria de Imprensa: Polliane Eliziário – Personal Press
Produção Executiva: Beatriz Radicchi

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