O bloco Havayanas Usadas anunciou o tema do bloco em 2019: “Soy Loco Por Ti, Carnaval“, escolhido para homenagear, apresentar e enaltecer a cultura latino-americana. Inspirado na canção “Soy Loco por Ti, America“, de Gilberto Gil e Capinan, gravada por Caetano Veloso em 1968, e regravada por Gil em 1987. A canção, com novo arranjo, será incluída no repertório do bloco, que também conta com lambadas, salsas, rumbas, cumbias, merengues, reggaeton e axé music.
A banda do Havayanas é formada por 10 músicos, criada e dirigida por Débora Mendes, Cris Gil, Maurílio Badá, Heleno Augusto, Rodrigo Magalhães e Daniel Melão. Eles estão juntos desde 2013 e estão à frente do bloco junto com Peu Cardoso. Também integram a banda: Taskia Ferraz, VI Coelho, Lucas Ferrari e Laiza Lamara. Marcelo Veronez e Nathália Vieira são os diretores artísticos do bloco e da banda.
A definição do tema é um momento importante para o bloco, que acredita no papel ideológico e político do carnaval. De acordo com Marcelo Veronez, que participou ativamente nesta etapa, junto com os dirigentes do bloco, falar dos vizinhos do Brasil era uma necessidade. Para ele, o Brasil é uma ilha dentro da América Latina, que não se comunica muito com os vizinhos. “Existia uma vontade grande de falar sobre isso, ainda mais com a chegada de tantos ritmos latinos tomando conta do cenário musical brasileiro, como a cumbia e o reggaeton que é um dos ritmos mais tocados no mundo e que chegou há muitos anos no Norte do Brasil. Também é um forma de dar continuidade à “Chineláctea – A Viagem do Chinelo Espacial“, tema do ano passado, que fez uma viagem geográfica no sentido de como vamos nos situar no mundo. Com aquele tema, fomos para fora do planeta. Agora, com o “Soy Loco Por Ti, Carnaval“ a nave pousa na América Latina e propõe o olhar para o que está acontecendo aqui, neste planeta que habitamos. Queremos universalizar o Carnaval. Queremos lembrar os hermanos que estão chegando ao Brasil, a nossa porta aberta para receber os imigrantes e a reflexão de como este assunto está sendo tratado pela sociedade e governo“, explica Veronez.