Foto: Divulgação – Pequena Morte
Olar.
Meu nome é Rafa Braga e hoje tem! Essa quarta de uma semana #foracunha merece swing. Hora de te mostrar como esta cidade é INCRÍVEL, VERSÁTIL, ROMÃNTICA E DANÇANTE. Amor por demais.
O som de hoje, em ironia ao acontecimento político da semana, se chama “Pequena Morte”, faixa que carrega o mesmo nome da banda e faz parte do disco mais recente, Jabuticaba (2016, hmmm…). Eles disponibilizaram o disco completo no soundcloud e no youtube. Coloca no talo e sai dançando!
Mas, antes,
Ouve comigo! (The time is here!)
A música começa como um suspiro. Enquanto conversam comigo, guitarras e congas somam-se aos meus delírios internos. Fui seduzido e foi aberto o disco. Após ser cordialmente recebido, o “break” dá lugar a um dilema fatal. Não sei se sinto mais falta da parte que passou ou se mais anseio pela que virá. Fui puxado pelo braço em uma espécie de “vem comigo” onde a altura do chão só aumentava. Flutuando em meio às notas do trombone, não entendo, só acredito.
Estou no meio de uma animação psicodélica, onde cores são mato e o mato já se transforma em pássaros ou coisa do tipo. Ao anoitecer, as vozes saem de suas casas e puxam de volta tudo o que flutua. Puxam para uma caminhada rodeada por energias amigas. O que farei? Caminhar, é claro! O suspiro do início aparece novamente, mas como sinal de largada.
“Ritornelo*”, amo essa palavra, mas, felizmente, ela não se encaixa. A estrofe repete sem se repetir, traz novas palavras e uma pegadinha na melodia do trombone quando é confrontado sobre o que fará. Não tinha percebido, né? Hipersecreto.
Em clima de segredo e dúvida, um solo comedido traz de volta a leveza de espírito. Ao mesmo tempo que palpita pausadamente, conduz graciosamente o bastão até o trombone, que tira tudo e todos do chão novamente. Casas voando, pessoas girando vestidas de sorriso e a imagem escurecendo aos poucos até o fim da música.
Pequena Morte é como comer Jabuticaba, bom para c#@&*¢!
A música parou e você quer continuar dançando? Chega mais!
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Essa coluna não tem e não deve ter restrição de gênero!
Por que teria? A beleza de Belô tá na diversidade.
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*Ritornelo = “refrão, frase repetida em cantos ou versos, como nos madrigais italianos dos sXIV e XV.”
