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Beagá recebe a quinta edição do Festival Transborda

by Paloma Morais
Indee Styla - Ph: Flávio Charchar

De volta às ruas, o festival celebra a música independente e suas constantes transformações

Ph: Flávio Charchar

Ontem, (15) A Autêntica recebeu a abertura da quinta edição do Festival Transborda. A noite foi dedicada as mulheres e contou com a presença de Indee Styla (ESP), Bárbara Sweet (MG) e Baixo Ventre (MG). Batemos um papo com a galera da produção para conhecer um pouco mais sobre esse projeto que valoriza os artistas independentes da cidade e o resultado dessa conversa, você pode ver a seguir :)

PulaBH – O Festival Transborda é dos principais eventos do calendário cultural de Belo Horizonte. Como começou essa ideia?

Camila Cortielha – A gente ama BH e todos os seus festivais. O ano inteiro temos uma oferta incrível de eventos, mas sempre sentimos falta de um espaço para a música produzida no underground belorizontino. Então a ideia começou justamente em posicionar um festival de música independente no calendário de eventos dessa cidade capital cultural que é BH!

PulaBH – A gente sabe que por trás do Transborda existe o Coletivo Pegada. O que é esse coletivo e quem são as pessoas que fazem tudo isso acontecer?

Camila Cortielha – O Pegada é um coletivo de amantes de música que, atualmente, se reúne uma vez por ano para realizar o Festival Transborda. Somos todos entusiastas e profissionais da música e recebemos a colaboração de muita gente empolgada com o projeto, fica até complicado destacar as pessoas mas vamos lá.

Quem toca este projeto e luta pela continuidade dele são: Roberta Henriques, Camila Cortielha, Luciano Viana, Lucas Mortimer, Marcus Vinícius Evaristo, Flávio Charchar, Lorena Fassy e a nossa novata, Talita Cordeiro. Vale a pena seguir essa galera que trabalha o ano inteiro com música, tem várias outras iniciativas que participamos também!

PulaBH – Neste ano o Transborda expandiu sua atuação para a cidade Maravilhosa, como foi essa experiência?

Camila Cortielha – Maravilhoso! ;)
A experiência de começar o Transborda no Rio de Janeiro não poderia ter sido melhor. A receptividade do público foi inacreditável, mesmo debaixo de chuva o Teatro da Oi Futuro Ipanema ficou cheio os dois dias. Os quatro shows foram inesquecíveis e com o tom exato para apresentar a quinta edição do festival. Esperamos poder seguir com essa ação, construindo uma ponte de articulação entre artistas das duas cidades.

PulaBH – A edição deste ano em Belo Horizonte conta com uma abertura especial com artistas femininas. Para a produção, qual a importância da representatividade na cultura?

Camila Cortielha – A representatividade é imprescindível em todos os setores da sociedade. Não faz sentido que em um país que tem 52% de população feminina, os homens continuem em maior evidência. Na equipe de produção, somos metade da força de trabalho; no palco teremos mulheres se apresentando todos os dias; nossa apresentadora é a Paloma Parentoni; na equipe técnica também teremos uma roadie. E ainda assim não chegamos ao cenário ideal, acreditamos que este posicionamento é apenas o início de um investimento a longo prazo, e esperamos que incentive cada vez mais meninas a fazer e trabalhar com música. Além desta representatividade especificamente, também nos importa a representatividade étnica, de gênero, regional, de estilos musicais, de classes sociais etc. O Brasil é um país diverso e rico culturalmente, precisamos além de reconhecer esta característica, também começar a praticá-la diariamente. Acender esta chama foi o objetivo para esta edição, e esperamos melhorar a cada ano.

PulaBH – A curadoria dos artistas é uma coisa que sempre impressiona em todas as edições do Transborda. Quais são os critérios para escolha do line?

Camila Cortielha – Como amantes da música, nosso primeiro compromisso é com a qualidade estética dos artistas convidados. Além disso, pesam fatores como composição de público, representatividade regional e de estilos, momento das bandas (priorizamos shows inéditos em Belo Horizonte e lançamento de álbuns, por exemplo). A cada ano, também refletimos na curadoria as pautas que acreditamos relevantes naquele momento, como esse ano fizemos com as mulheres… Para a quinta edição, também foi muito importante a parceria com o Música Mundo, o Encontro de Negócios Musicais que acontece em parceria ao Transborda, de 14 a 17 de setembro no Centoequatro, pois eles nos trouxeram 5 showcases de artistas mineiros incríveis para ocupar o palco do Transborda, e o TRAD.ATTACK! a banda da longínqua Estônia.

PulaBH – Quais são as principais recomendações para quem quer curtir o Transborda 2016?

Camila Cortielha – A principal recomendação que fazemos é respeitar o coleguinha, pois estamos em um exercício de convivência todas as vezes que ocupamos a rua. Também é bom manter-se hidratado nesses dias de calor e estar preparado para algumas pancadas de chuva no fim de semana, pois pode acontecer! No mais, abre o coração para transbordar com a gente e compartilhe as memórias usando a tag #transborda2016.

Para acessar a programação completa clique aqui

Por: Phill Augusto

 

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