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Programação de maio do Memorial Minas Gerais

by Paloma Morais

O Memorial Minas Gerais Vale divulgou a programação cultural de maio  mês em que se comemora o Dia Internacional dos Museus (dia 18)  com atividades para celebrar essa data e propor uma reflexão a partir do tema proposto pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram): Museus como Núcleos Culturais: o Futuro das Tradições.

Além da programação fixa do Memorial, o espaço contará com exibição de filmes que destacam as tradições mineiras, exposições e bate-papos sobre a história e a cultura de Minas Gerais e a importância da preservação dessa memória, bem como atividades pensadas especialmente para quem visita as salas fixas do Memorial, dentro dessa temática.Todas as atividades são gratuitas, sujeitas à lotação das salas. 

 

VEJA A PROGRAMAÇÃO:
1 a 31/05  MOSTRA DE FILMES DE BENS CULTURAIS E PATRIMONIAIS
Cinco filmes estarão em exibição sequencial contínua na sala Espetáculo Mineiro, sem horário fixo. São eles:

Violas: O Fazer e o Tocar em Minas Gerais (2018) –  56 minutos
A viola é um instrumento musical de dez cordas e cinco ordens que chegou à América portuguesa com os primeiros colonos. Esta produção audiovisual aborda o contexto social e histórico, em Minas Gerais, da viola, seus tocadores e fazedores que, por meio da diversidade de modos de tocar, tornaram-se elementos fundamentais tanto do cotidiano mineiro quanto das principais celebrações e expressões culturais do estado.
Direção: Felipe Chimicatti / Rafael Bottaro.

O quê do queijo – Um segredo da região do Serro (2014) – 56 minutos
Há, na região mineira do Serro, uma tradição mantida pela transmissão de saberes tradicionais através de gerações: o Modo Artesanal de Fazer Queijo Minas do Serro. Essa prática, registrada como patrimônio cultural a nível estadual e nacional,respectivamente, em 2002 e 2008, é documentada nesse filme por meio de entrevistas que buscam, em vista das transformações históricas e sociais da região, apresentar e entender a relação do produto com o cotidiano e a cultura dos serranos. Direção: Paulo Henrique Rocha

Comunidade dos Arturos (2013) – 79 minutos
Falar dos Arturos é dizer sobre territorialidade, devoção, ancestralidade e, de forma ampla, cultura dos povos negros em diáspora. Estruturada em torno da família do patriarca Arthur Camilo Silvério e da devoção a Nossa Senhora do Rosário, a comunidade produz e reproduz em seu território diversas práticas que remontam a sua ancestralidade africana e afro-brasileira. Este filme apresenta alguns breves registros da vivência em comunidade: do campo religioso às narrativas acerca da escravatura. Direção: Paulo Henrique Rocha

Pipiripau – O mundo de Raimundo (2013) –  74 minutos
O filme conta a história do Presépio do Pipiripau, obra de arte que encanta a população de Belo Horizonte e atrai visitantes desde as primeiras décadas do século passado. Revela a saga de um homem que trabalhava como industriário e, nas horas vagas, era um dedicado artesão do próprio sonho. Direção: Aluizio Salles Jr.

Metrópoles (2012) – 25 minutos
O documentário Metrópoles constrói um retrato da desativação ou mudança de função dos prédios que antes abrigavam antigos cinemas de Belo Horizonte, no centro da cidade e nos bairros, a fim de levar o espectador à reflexão sobre a necessidade do resgate da memória coletiva de uma comunidade e à constatação da transitoriedade que rege os processos socioculturais e as relações pessoais na sociedade.
Direção: Bellini Andrade

7/05  ABERTURA DA EXPOSIÇÃO E BATE-PAPO COM WALTER FIRMO
No dia 7 de maio, terça-feira, um dos maiores fotógrafos do Brasil, Walter Firmo, abre exposição com 93 fotografias, intitulada: O Brasil que merece o Brasil. São trabalhos realizados entre a década de 1960 e 2017, fazendo um impressionante panorama da cultura popular de diversas regiões, exaltando o papel do negro na criação e preservação de nosso patrimônio cultural. A mostra inclui retratos clássicos de grandes figuras brasileiras, como Pixinguinha, Cartola, Pelé, Clementina de Jesus e Arthur Bispo do Rosário, assim como registros de anônimos, que o fotógrafo nos faz parecerem familiares. Às 19 horas Firmo fará um bate-papo com o público para falar de fotografia. Aos 81 anos, ele continua em plena atividade, viajando pelo país para novos registros, fazendo palestras e ministrando cursos. A exposição – que faz parte do Programa de Itinerância Cultural da Fundação Vale – foi aberta em março de 2018 no Maranhão, e percorrerá os outros espaços culturais patrocinados pela Vale no Brasil, proporcionando a troca de conteúdo artístico e cultural entre os Estados brasileiros.

14/05  BATE-PAPO SOBRE O FUTURO DAS TRADIÇÕES E O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES NA MEMÓRIA
No dia 14 de maio, terça-feira, às 12h30, a gerente de Patrimônio Cultural Imaterial no Iepha-MG, Débora Raíza Rocha fará o bate-papo: “O Futuro das Tradições e o Papel das Instituições na Memória”. Débora irá discutir com o público questões como: quando se fala em patrimônio cultural mineiro, um tipo específico de identidade vem à mente; o que faz algumas tradições serem eleitas e outras permanecerem à margem dos processos de reconhecimento?

Débora Raíza Rocha tem graduação, especialização e mestrado em História e desenvolve pesquisas voltadas para os seguintes temas: ditadura militar e pós-ditadura, gênero, memória, lugares de memória, cultura popular e patrimônio cultural. Atualmente, é membro da Comissão Paritária Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura e pesquisadora do Laboratório de História do Tempo Presente da UFMG.

 

17/05  BATE-PAPO: O BORDADO COMO LUGAR DE MEMÓRIA
No dia 17 de maio, sexta-feira, às 12h30, Isabella Brandão Lara, que é bordadeira, pedagoga com mestrado em História da Educação pela UFMG, que atua em projetos sobre memória, patrimônio cultural e educação feminina e que realiza pesquisas sobre a história do bordado em Minas Gerais fará um bate-papo sobre esse ofício e arte em Minas Gerais, desvendando algumas questões: o bordado é submissão ou resistência? É ofício ou lazer? As experiências femininas são diversas, assim como os significados que os bordados têm na vida de muitas mulheres. No Brasil, o bordado segue presente na educação de meninas desde o período colonial até meados do século XX. Debater sobre os ideais de feminino e de feminismo que envolvem essa prática manual é a principal proposta desse encontro.

 

18/05  APRESENTAÇÃO DO GRUPO CONTADORES DE HISTÓRIAS MIGUILIM
Dia 18, sábado, às 15 horas, acontece a apresentação do Grupo Contadores de Histórias Miguilim. São garotos e garotas de 13 a 20 anos que têm contribuído ativamente para a divulgação e preservação da obra de João Guimarães Rosa, a partir da narração de fragmentos literários do escritor. O Grupo foi criado em 1996 por Calina da Silveira Guimarães, prima de Guimarães Rosa, com o objetivo de socializar crianças e jovens da cidade de Cordisburgo (MG) e aproximá-las da obra do grande escritor, divulgando-a para o mundo. Assim, o Grupo Miguilim se apresenta em vários estados brasileiros, especialmente em universidades, bibliotecas, congressos, festivais, entre outros. No dia 18, 7 jovens do grupo apresentarão os textos de Guimarães Rosa na Sala de Leitura do Memorial.

 

18/05 ABERTURA DA EXPOSIÇÃO OLHOS DO PAPAGAIO

Dia 18, sábado, é também o dia da abertura da exposição do projeto fotográfico Olhos do Papagaio, que é uma iniciativa de educação popular e produção fotográfica criada a partir da proposta do educador social Hermerson Morais, do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos  Projovem, executado pelo Grupo de Desenvolvimento Comunitário (GDECOM) junto a jovens com idades entre 15 e 17 anos no CRAS Santa Rita de Cássia, uma das vilas que compõem a favela Morro do Papagaio. A intenção do projeto é discutir situações cotidianas, construir narrativas e realizar registros que contam um pouco da história e da experiência de se viver em uma das maiores e mais antigas favelas de Belo Horizonte. Nesta exposição estarão os trabalhos produzidos entre março de 2017 e fevereiro de 2018 de quatro jovens do Morro do Papagaio: Lucas Sales, Roberta Lima, Nicholas Bertolini e Marcus Vinícius. Os recursos utilizados no projeto são do Fundo Municipal de Assistência Social, pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania da Prefeitura de Belo Horizonte.

 

ATIVIDADES EDUCATIVAS

Em comemoração à Semana Nacional dos Museus e focando na temática o “Museus como Núcleos Culturais – O Futuro das Tradições”, o Educativo do Memorial preparou uma maneira diferente para a visitação em algumas salas.

– Sessão Dialogada na Sala Celebrações

Em meio a bandeirolas com poemas que se referem a algumas celebrações em Minas Gerais, o público é convidado a conversar sobre algumas tradições mineiras, podendo compartilhar suas vivências nos festejos e também escrever nas bandeirolas.

– Mapeando Memórias na Sala de Leitura

Através de interações com o público, será criado um varal coletivo, com receitas tradicionais de Minas. O visitante poderá compartilhar as suas receitas com o público do Memorial, ou levar uma receita para casa. Será possível também identificar no grande mapa de Minas, presente na Sala de Leitura, bens imateriais das diferentes regiões do estado. Você sabe a origem daquele famoso queijo canastra? Á essa pergunta, o visitante poderá localizar no mapa. 

Memorial Itinerante Africanidades

Está em exibição em Nova Lima, o Memorial Itinerante – Africanidades, que leva à população um recorte do acervo do Memorial e busca ampliar a discussão e a reflexão a respeito das questões étnico-raciais, propondo ações de fortalecimento das identidades e apropriação das matrizes africanas presentes na sociedade brasileira. A exposição temporária é composta por uma reprodução de seis ambientes do Memorial Minas Gerais Vale, que dialogam com a presença da cultura africana na formação de Minas Gerais (são as salas: Celebrações, Vale do Jequitinhonha, Fazenda Mineira, Vilas Mineiras, Povos Mineiros e Sebastião Salgado). A mostra tem entrada gratuita e fica em exibição na Casa de Cultura Professor Wilson Chaves, na Avenida Rio Branco, 308, Centro – Nova Lima.

SERVIÇO
Programação de MAIO do Memorial Minas Gerais Vale
Horário: Conforme programação
ENTRADA GRATUITA, sujeita a lotação das salas

MEMORIAL MINAS GERAIS VALE
Endereço: Praça da Liberdade, 640, esq. Gonçalves Dias
Horário de funcionamento: terças, quartas, sextas e sábados, das 10h às 17h30, com permanência até 18h. Quintas, das 10h às 21h30, com permanência até 22h. Domingos, das 10h às 15h30, com permanência até 16h.



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